quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Abraço de Deus


É uma avó que conta que, certo dia, sua filha lhe telefonou do Pronto-Socorro. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo, no pátio da escola, e havia ferido gravemente a boca.

A avó foi buscar as irmãs de Robin na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada.

Quando finalmente chegaram, as irmãs menores de Robin correram para os braços da mãe. Robin entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar.

O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco.

A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada.

"Você deseja alguma coisa, querida?", perguntou.

Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu:

"Quero um abraço."

* * *

À semelhança da garotinha machucada, muitas vezes desejamos que alguém nos tome nos braços e nos aninhe, de forma protetora.

Quando o coração está dilacerado pela injustiça, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostaríamos que alguém nos confortasse.

Quando dispomos de amores por perto, é natural que os busquemos e peçamos: "Abrace-me. Escute-me. Dê-me um pouco de carinho. Um chá de ternura."

Contudo, quando somos nós que sempre devemos confortar os outros, mais frágeis que nós mesmos, ou quando vivemos sós, não temos a quem pedir tal recurso salutar.

Então, quando estivermos ansiosos por um abraço consolador nos nossos momentos de cansaço, de angústia e de confusão, pensemos em quem é o responsável maior por nós.

Quando não tivermos um amigo a quem telefonar para conversar, conversemos com Nosso Pai. Sirvamo-nos dos recursos extraordinários da oração e digamos tudo o que Ele, como Onisciente, já sabe, mas que nós desejamos contar para desabafar, aliviar a tensão interna.

Falemos das nossas incertezas e dos nossos dissabores, sobre as nossas decepções e nossos desacertos e nos permitamos sentir o envolvimento do Seu abraço de Pai amoroso e bom.

Não importa como o chamemos: Pai, Deus, Criador, Divindade. O importante é que abramos a nossa intimidade e nos permitamos ser acarinhados por Ele.

Ele sempre está pronto para abraçar Seus filhos, sem impor condições.

E se descobrirmos que faz muito tempo que não sentimos esse abraço Divino, tenhamos a certeza de que faz muito tempo que não o pedimos.

* * *

Victor Hugo, poeta e romancista francês, escreveu um dia: "Tenha coragem para lidar com as grandes tristezas da vida. E paciência para lidar com as pequenas.

E, depois de ter cumprido laboriosamente sua tarefa diária, vá dormir em paz.

Deus continua acordado."

Pensemos nisso. Deus está sempre acordado, e velando por nós.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Amor sem preço


Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.

Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do Mundo.

Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu:

Mamãe me deve: por levar recados - 3 reais; por tirar o lixo - 2 reais; por varrer o chão - 2 reais; extras - 1 real. Total que mamãe me deve: oito reais.

A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.

O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço.

Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram.

Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado.

Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.

Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada.

O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.

A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.

* * *

Nossos filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.

Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.

As ações são sempre mais fortes que as palavras.

Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.

Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados.

* * *

É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.

Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais.

É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A arte dos elogios


Pesquisadores da universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, realizaram um estudo com dez mil executivos Seniors para medir o poder da amizade na qualidade de vida dos americanos.

O resultado foi impressionante: ter amigos reduzia em nada menos que 50% o risco de morte, sobretudo por doenças, num período de cinco anos. Estas informações foram publicadas por um jornal carioca, recentemente, nos convidam a pensar a respeito das amizades que cultivamos.

Muitos de nós temos facilidades para fazer novos amigos. Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades. É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de os respeitar.

Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo. Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina. Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes.

Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante. Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira.

É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, das nossas queixas, das nossas reclamações. Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida. Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar. O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afetos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza.

Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida. Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto. Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devem suportar tudo. E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos.

Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas.

Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim. Por isso a amizade necessita, para se manter da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias.

***

Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade.

Podes começar no teu ambiente de trabalho. Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito.

Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: por favor, muito obrigado.

Lembra-te de dizer bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.

Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia.

Sê amigo de todos e espalha o perfume da amizade por onde vás e onde estejas.

Vida



Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos, amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo!Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.

( Charles Chaplin )

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A amizade real

Um homem que amontoara sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversas famílias a se manterem com dignidade.

Sentindo-se envelhecer, chamou o filho para instruí-lo na mesma estrada de bênçãos.

Para começar, pediu ao moço que fosse até o lar de um amigo de muitos anos, a quem destinava 300 reais mensais.

O jovem viajou alguns quilômetros e encontrou a casa indicada. Esperava encontrar um casebre em ruínas mas o que viu foi uma casa modesta, mas confortável.

Flores alegravam o jardim e perfumavam o ambiente. O amigo de seu pai o recebeu com alegria. Depois de inteligente palestra, serviu-lhe um café gostoso.

Apresentou-lhe os filhos que se envolviam num halo de saúde e contentamento.

Reparando a fartura, o portador regressou ao lar sem entregar o dinheiro.

Para quê? Aquele homem não era um pedinte. Não parecia ter problemas. E foi isso mesmo que disse ao velho pai, de retorno ao próprio lar.

O pai, contudo, depois de ouvir com calma, retirou mais dinheiro do cofre, dobrou a quantia e disse ao filho:

"Você fez muito bem em retornar sem nada entregar. Não sabia que o meu amigo estava com tantos compromissos. Volte à residência dele e em vez de trezentos, entregue-lhe seiscentos reais, em meu nome. De agora em diante, é o que lhe destinarei. A sua nova situação reclama recursos duplicados."

O rapaz relutou. Aquela pessoa não estava em posição miserável. Seu lar tinha tanto conforto quanto o deles.

"Alegro-me em saber", falou o velho pai. "Quem socorre o amigo apenas nos dias do infortúnio, pode exercer a piedade que humilha, em vez do amor que santifica.

Quem espera o dia do sofrimento para prestar favor, poderá eventualmente encontrar silêncio e morte, perdendo a oportunidade de ser útil.

Não devemos esperar que o irmão de jornada se converta em mendigo a fim de socorrê-lo.

Isso representaria crueldade e dureza de nossa parte.

Todos podem consolar a miséria e partilhar aflições. Raros aprendem a acentuar a alegria dos seres amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e nem inveja no coração.

O amigo verdadeiro sabe fazer tudo isto. Volte pois e atenda ao meu conselho.

Nunca desejei improvisar necessitados em torno da nossa porta e sim criar companheiros para sempre."

Entendendo a preciosa lição, o rapaz foi e cumpriu tudo o que lhe havia determinado seu pai.

* * *
 

O verdadeiro amigo é aquele que sabe se alegrar com todas as conquistas.

Se ampara na hora da dor e da luta, também sabe sorrir e partilhar alegrias.

O amigo se faz presente nas datas significativas e deixa seu abraço como doação de si próprio ao outro.

Incentiva sempre. Sabe calar e falar no momento oportuno.

Pode estar muito distante, mas sua presença sempre perto.

O verdadeiro amigo é uma bênção dos céus aos seres na Terra.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A saudade sempre continuará – 27-01-13

Uma historia como essa nem parece ser real
Tantos jovens que se foram nessa tragédia fatal
Uma simples diversão tomada pela alegria
Acaba dessa maneira
Realmente ninguém imaginaria.

Muitos pais desesperados ao ver o filho morrer
Pra ser sincero é difícil entender
Muitos jovens animados e com o jeitão de criança
Hoje não passa de uma lembrança.

Uma data como essa lembra eu, lembra você
Realmente é impossível esquecer
Vai ser difícil momento de alegria
Para aquele pai que perdeu a sua filha
Ou o seu filho, alegre a animado
Hoje não passa da lembrança do passado.

E para toda família que eu vejo sofrer
Que tenha fé em Deus. Tudo vai se resolver.


(Por Adriano Santos)

domingo, 27 de janeiro de 2013


Hoje sinto falta de tudo que ainda não vi
Sinto falta de abraços que nunca senti
De olho no olho, de palavras sincera
De pessoas tranqüilas que me fazem feliz.

Sinto falta de alguém que nunca conheci
Sinto falta de lugares que nunca visitei
Daquelas brincadeiras mais sérias
De encontrar aquilo que eu nem procurei.

Deve estar em outro planeta
O que passou foram apenas cometas
Mas eu preciso de uma estrela
Que brilhe por mim e em mim.

Mais uma vez eu viajo no meu mundo
Só assim eu encontro um pouco de paz
E conheço tantos lugares
Que eu não penso em voltar, nunca mais.

Tenho amigos que me fazem feliz
Isso que vi num álbum de gibi
Pra viver a maior perfeição
Impossível, isso é só ilusão.

Deve estar em outro planeta
O que passou foram apenas cometas
Mas eu preciso de uma estrela
Que brilhe por mim e em mim.

Escrito por Adriano Santos